terça-feira, 4 de maio de 2010

Circuito Elétrico / Cineclube Lanterninha Aurélio / Palavra (En)cantada

Cineclube Lanterninha Aurélio
Projeto Cultural CESMA - Santa Maria/RS - Desde 1978
Filiado ao CNC - Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros

Cineclube Lanterninha Aurélio / Circuito Elétrico 2010

05/05/10 - 18 h

Feira do Livro de Santa Maria 2010

Circuito Elétrico
Literatura na noite da cidade

Você quer ler poesia, conto ou crônica? Pode ser sua ou de algum escritor preferido.
Venha participar do Circuito Elétrico no Cineclube Lanterninha Aurélio nessa quarta às 18h.

Logo após as leituras ás 19h haverá a exibição do Documentário

Palavra (En)cantada
Direção: Helena Solberg
86 min / 2009

Documentário discute a relação entre música e poesia no Brasil

Percorre uma viagem na história do cancioneiro brasileiro com um olhar especial para a relação entre poesia e música.
Dos poetas provençais ao rap, do carnaval de rua aos poetas do morro, da bossa nova ao tropicalismo.

Passeia pela música brasileira até os dias de hoje, costurando depoimentos de grandes nomes da nossa cultura.

O filme conta com a participação de

Adriana Calcanhotto
Antônio Cícero
Arnaldo Antunes
BNegão
Chico Buarque
Ferréz
Jorge Mautner
José Celso Martinez Correa
José Miguel Wisnik
Lirinha (Cordel do Fogo Encantado)
Lenine
Luiz Tatit
Maria Bethânia
Martinho da Vila
Paulo César Pinheiro
Tom Zé
Zélia Duncan

A maioria das entrevistas foi realizada na casa dos entrevistados, em atmosfera intimista.

Com o registro de declamações e canções especialmente para o documentário.
Poemas de Fernando Pessoa, João Cabral de Melo Neto, Hilda Hilst e pérolas de nossos grandes compositores

Entre as músicas do filme estão Choro Bandido (Chico Buarque/Edu Lobo),
Alegria, Alegria (Caetano Veloso), Alvorada (Cartola), História do Brasil (Lamartine Babo)
Inclassificáveis (Arnaldo Antunes), Fábrica do Poema (Adriana Calcanhotto/Waly Salomão), 2001(Tom Zé/Rita Lee)

Em um país com uma forte cultura oral como o Brasil, a música popular pode ser a grande ponte para a poesia e a literatura.

A abertura do filme é surpreendente, com Adriana Calcanhotto cantando, em franco-provençal, versos de Arnaut Daniel, poeta provençal do século XII, considerado um dos maiores da história, um artesão da integração entre palavra e som.

A partir da idéia sugerida por Lenine, de que os compositores brasileiros são descendentes diretos do trovador, o filme lança olhar sob diversos aspectos da formação cultural brasileira. Dos intérpretes que declamam poesia nos palcos aos cantadores nordestinos que improvisam diversos gêneros na viola, passando pelo Rap que, segundo o rapper Ferréz, "é uma mera continuação do cordel", Palavra (En)cantada é uma reflexão sobre a tradição oral e a diversidade cultural brasileira, resultado do cruzamento entre as culturas erudita e popular.

"Criou-se no Brasil uma situação que não existe em nenhum outro país: uma canção popular fortíssima, que ganhou uma capacidade de falar e cantar para auditórios imensos, e levar para esses auditórios poesia de densa qualidade, com a leveza que a canção tem" , observa no filme o músico e professor de literatura da USP, José Miguel Wisnik.

Poetas-letristas, autores de livros que tornaram-se compositores, poetas que tentam usar a música para ganhar mais dinheiro, poetas do morro, tudo isso é assunto do Palavra (En)cantada. O filme é costurado por passagens instigantes, como a declarada rejeição de Chico Buarque ao título de poeta, e emocionantes, como as imagens captadas de Hilda Hilst pouco antes da sua morte, reclamando que os poetas não são valorizados no Brasil e contando que, para ganhar mais dinheiro, pediu para Zeca Baleiro musicar seus poemas.

Filme é rico em imagens raras - Palavra Encantada apresentará imagens inéditas no Brasil, como a encenação de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Mello Neto, no Festival de Teatro Universitário de Nancy, na França, em 1966. Merecem destaque também imagens raras, que foram restauradas pela produção do filme, de Dorival Caymmi, nos anos 40, cantando e tocando O Mar ao violão. A canção, feita em Itapuã em 1937, foi escolhida pelo próprio compositor como a mais representativa do conjunto de sua obra.



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Cineclube Lanterninha Aurélio

Debates e sessões - quartas-feiras - 19 horas - Entrada Franca

Auditório João Miguel de Souza

Rua: Professor Braga, 55 - 3º andar - Centro - Santa Maria / RS

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