sexta-feira, 16 de maio de 2008

ópera do malandro



Rio, 1941 - No Brasil, o clima é o Estado Novo, mas nas ruas do Rio de Janeiro, onde circulam ladrões, contrabandistas, alcoviteiros e trabalhadores, guerra e política não têm muita importância.

Max é um dos habitantes dessas ruas. Amável, elegante e sedutor, na melhor tradição de malandro carioca, ele está preocupado o bastante com a sua própria sobrevivência e no seu status pessoal para pensar em política ou guerras.

O ataque do Japão à Pearl Harbour muda o seu comportamento. Fanático incurável pelos filmes e músicas americanos, ele tem uma maneira particular de reagir ao ataque japonês. Com um grupo de marinheiros americanos, ele planeja uma retaliação ao cabaré Hamburgo de Otto Strüdel, um alemão mal-humorado que reina sobre o império das boates e bordéis do submundo carioca.

Max se sai bem da enrascada. O cabaré fica praticamente destruído, mas o comissário Tigrão, seu amigo de infância, o deixa livre. Através das prostitutas que trabalham no cabaré, Otto fica sabendo quem foi o responsável pela devastação. A sua vingança se faz através de Margot, de quem Max é gigolô. Margot é demitida, o que estimula o círculo vicioso das vinganças, através de Geni, travesti que por ele é eternamente apaixonado. Max é informado de que Ludmilla, filha de Otto, está chegando ao Rio. Ele resolve então, seduzi-la, sem imaginar o que sua paixão inesperada pela filha de Otto pode acarretar.

Críticas

"A Ópera do Malandro" é um ótimo musical brasileiro. Adaptação para o cinema da peça homônima de Chico Buarque, o filme contou com o próprio Chico na estruturação de seu roteiro, bem como, na preparação da trilha sonora.

Realizado pelo cineasta Ruy Guerra, o filme enfoca o autoritarismo reinante no Brasil na época da ditadura Vargas, mais precisamente no ano em que os japoneses atacaram Pearl Harbor. Assim, a política, os jogos do poder e as alianças espúrias estão presentes, ainda que de uma forma disfarçada.

As belas músicas são magnificamente coreografadas, cantadas, dançadas e interpretadas. A elas, soma-se a excelência da direção de Ruy Guerra. Enfim, "A Ópera do Malandro" é um musical imperdível.



CAA


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