espaço de divulgação das atividades do cineclube, projeto cultural da cesma, e de textos sobre o cinema e a produção audiovisual de santa maria
quinta-feira, 26 de junho de 2008
festinha do encontro
terça-feira, 24 de junho de 2008
Delicatessen
Auditório João Miguel de Souza
3º andar no CENTRO CULTURAL CESMA
Rua Professor Braga, 55 - Centro
Santa Maria - RS - Brasil
19h - Entrada Franca
Orkut: http://www.orkut.com/Community
Telefone - 55 3221 9165 - 3222 8544
Cineclubismo: 80 anos democratizando o audiovisual brasileiro!
sábado, 21 de junho de 2008
domingo, 15 de junho de 2008
Lanterninha Aurélio: resistência e história
por Paulo Teixeira, Cineclube Lanterninha Aurélio (RS)
cineclubelanterninhaaurelio@gmail.com
Um dos mais antigos e atuantes cineclubes do Brasil, o Lanterninha Aurélio teve suas atividades iniciadas no final de 1978 na cidade de Santa Maria (RS). Foi criado pelo mesmo grupo de pessoas que havia fundado, em 16 de junho do mesmo ano, a Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria Ltda – CESMA. A cooperativa visava à defesa econômica e cultural de seus associados, que naquele momento encontravam enormes dificuldades de acesso aos livros, objetos raros e de alto custo, e a outros materiais de auxílio à formação.
Do descontentamento com a falta de possibilidades culturais surgiu o Cineclube Lanterninha Aurélio. O nome foi escolhido como homenagem ao funcionário do Cinema Imperial, Aurélio de Souza Lima, responsável, dentre outras coisas, pela manutenção da "ordem" dentro do cinema, sempre com a sua lanterna. Também era ele que acabava liberando a entrada para os guris que não tinham dinheiro para o ingresso. Seu Aurélio acompanhou mais de uma geração de cinéfilos formados em Santa Maria.
O Cineclube nasceu impulsionado pelo desejo de jovens combativos, estudantes da primeira Universidade Federal do interior do país, a Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. Estávamos no período final da ditadura militar e a censura era muito forte, porém os militantes estudantis conseguiram com a pró-reitoria a liberação de um projetor de 16mm, alegando que seria montado um grupo de estudos de cinema. Um deles, Paulo dos Santos Pires, estudante do curso de agronomia com passagem pelo movimento sindical paulista, possibilitou o acesso à Dinafilme, distribuidora de filmes do movimento cineclubista brasileiro que viria a ser extinta anos mais tarde, durante o governo Collor.
O grupo utilizava os auditórios da universidade para a exibição de filmes de cunho político. Como militantes que eram, passaram a buscar as bases populares levando as películas para os bairros e vilas periféricas da cidade. Escolhiam os filmes, apresentavam e discutiam com as comunidades o conteúdo exibido, buscando uma reflexão acerca da realidade vivida no País naquele momento. Era uma atividade subversiva e assim passou a ser tratada pelas autoridades. Um dos cineclubistas históricos do Lanterninha, inclusive, até bem pouco tempo ainda respondia a um inquérito na Polícia Federal.
Uma das exibições do cineclube, em dezembro de 2007 |
Os anos foram passando, o contexto político foi mudando com a Abertura do Regime, as pessoas envolvidas foram terminando seus cursos e deixando Santa Maria. Outras passaram a ter um envolvimento maior, e o Cineclube seguiu uma nova fase, mas sempre buscando novos públicos, ou pessoas sem acesso ao cinema. Até a metade dos anos 80 foram exibidos, em diversos locais da cidade, mais de 200 filmes em 16mm.
Houve uma nova formatação da equipe e do Cineclube que coincidiu com a entrada do VHS no mercado. A CESMA começou a montar uma locadora, tendo como base o conhecimento cinematográfico da experiência cineclubista. As sessões passaram a ter data e local fixo - sempre às 19h das quartas-feiras na sala 07 da antiga reitoria, no centro da cidade. Assim foi possível trabalhar com ciclos temáticos, explorando a filmografia de determinados diretores e vários temas até 1995.
O cenário mudou novamente, a sala 07 foi requisitada pela Universidade e o grupo de trabalho perdeu peças, passando por um período de inatividade. No entanto, o Cineclube permaneceu no "inconsciente coletivo da cidade", pois algumas sessões continuaram acontecendo, mesmo que isoladas.
Mostra de filmes em homenagem ao ator e diretor Mazzaropi |
Em 1995 foi criado o Otelo Cineclube, ligado ao Sindicato dos Bancários de Santa Maria, que funcionou até o final do ano seguinte. A TV OVO - Oficina de Vídeo também criou e manteve o Cineclube Porão durante o ano de 2001. Em 2003, as pessoas envolvidas com esses cineclubes se reuniram novamente para retomar as atividades do Lanterninha Aurélio. Inicialmente, as sessões ocorriam na Casa de Cultura, dentro do projeto Curta nas Quartas, sempre às 19h com entrada franca. Este espaço consolidou a ação do Lanterninha Aurélio nessa nova fase de atividades, voltada para a filmografia nacional e que durou até 2005.
Em novembro de 2005, a CESMA fundou a sua sede própria e o Lanterninha ganhou um espaço definitivo na rua Professor Braga, 55, centro de Santa Maria. Desde então, o projeto cresceu e inúmeras ações estão sendo desenvolvidas. Além da clássica quarta-feira, foram retomadas as exibições itinerantes, as oficinas de cineclubismo na cidade e na região central, os grupos de estudos e uma maior inserção junto ao movimento cineclubista nacional e ibero-americano.
Dessa forma, em 2006 a cidade de Santa Maria foi sede da 26ª Jornada Nacional de Cineclubes e do II Encontro Ibero-americano de Cineclubes, registrando o nome da cidade e do Cineclube Lanterninha Aurélio na história do movimento. Reconhecimento merecido, devido à longa tradição da cidade com o cineclubismo e ao empenho de diversos amantes do cinema, que mesmo de diferentes gerações aproximam-se pela mesma paixão.
Hoje, o presidente do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros, Antônio Claudino de Jesus, ocupa a cadeira da Vice-Presidência da Federação Internacional de Cineclubes, permitindo, dentre outras diversas ações, o intercâmbio de produções cinematográficas de países interessados. Passamos então a ter acesso a uma filmografia mundial que não encontra espaço de exibição em salas convencionais, preocupadas exclusivamente com o lucro certo e fácil. Esta é uma das funções de qualquer cineclube responsável, romper com aquela lógica de exibição. O Lanterninha Aurélio nunca exibirá um blockbuster americano.
O cineclubismo brasileiro completa, em 2008, 80 anos de atividade. Resistiu à Ditadura Militar e foi responsável também pela formação de gerações de cineastas e profissionais da área. Cumpre a função de proteger a cultura do país contra a invasão hegemônica de um único modo de se fazer cinema. O cineclubismo faz parte do processo cinematográfico não de forma alienada, mas combativa.
O CNC vem conseguindo abrir espaços de interlocução com várias entidades da sociedade civil. Logo teremos um novo cenário e o Lanterninha Aurélio tem orgulho de fazer parte desse processo, já que ocupa, através da pessoa do Luiz Alberto Cassol, a vice-presidência do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros.
* texto publicado em www.cinemativo.com/conteudo_cineclubes/relatos
sexta-feira, 13 de junho de 2008
DOC TV 4

Fundação Cultural Piratini - Rádio e Televisão
A/C Denise
Rua Corrêa Lima, 2118 - Santa Tereza -
Porto Alegre/RS - Cep: 90850-250
OFICINA PARA FORMATAÇÃO DE PROJETOS DOCTV IV
CONCURSO DOCTV IV
QUANDO A REALIDADE PARECE FICÇÃO É HORA DE FAZER DOCUMENTÁRIO
1. Esta Oficina é destinada a qualquer pessoa interessada em inscrever um projeto de documentário no Concurso Gaúcho do DOCTV IV 2. A Oficina é restrita a 30 participantes |
3. Se o número de inscrições para a Oficina exceder 30 pessoas, será realizado sorteio, no dia 26 de junho na TVE - RS, (Rua Corrêa Lima, 2118 - Santa Tereza - CEP 90850-250) 4. Cada candidato receberá um número no ato da inscrição, o sorteio será pelo número de inscrição. |
5. As inscrições poderão ser entregues pessoalmente na TVE - RS, Rua Corrêa Lima, 2118 - Santa Tereza, ou enviadas por email: doctv4@tve.com.br até o dia 25 de junho às 18h |
6. A Ficha a seguir serve apenas para a inscrição na Oficina para Formatação de Projetos do DOCTV IV 7. Só serão aceitas inscrições cujas fichas estiverem completamente preenchidas |
8. A participação na oficina implica na assinatura do Termo de Compromisso, condicionando a participação na Oficinas à inscrição do projeto de documentário no Concurso Gaúcho do DOCTV IV (o não cumprimento deste compromisso impedirá a participação do candidato em qualquer futura Oficina para Formatação de Projetos do DOCTV) |
| OFICINA PARA FORMATAÇÃO DE PROJETOS DOCTV IV | |
Local | | |
Endereço | | |
Período | | |
Turno | | |
Carga horária | | |
Oficineiro | | |
Ficha de Inscrição | ||
Nome: | | |
E-mail: | | |
Telefone: | | |
Pré-Projeto | ||
Nome do Projeto | ||
| ||
Visão Original | ||
(Descreva sua visão original sobre o processo contemporâneo abordado, a ser traduzido pela idéia audiovisual.); | ||
Proposta de Documentário | ||
(Descreva a idéia audiovisual. Não se trata de descrição do tema ou de sua importância, mas da proposta formal do filme. Ao descrever a idéia, o autor-proponente pode apontar documentários de seu conhecimento e/ou outras referências que tenham proposta semelhante.); | ||
Eleição e Descrição do(s) Objeto(s) | ||
(O documentarista se relacionará com o que/quem para levar a cabo sua Proposta de documentário? Exemplos: personagens reais; produtos materiais e imateriais da ação humana; materiais de arquivo; manifestações da natureza etc.); | ||
Eleição e Justificativa para a(s) Estratégia(s) de Abordagem | ||
(Como o documentarista se relacionará com cada Objeto eleito? Exemplos: modalidades de entrevista; modalidades de relação da câmera com os personagens reais; reconstituição ficcional utilizando personagens reais; construção de paisagens sonoras e/ou imagens abstratas; introdução proposital de ruídos sonoros e/ou visuais; modalidades de locução sobre imagem; formas de tratamento dos materiais de arquivo sonoros e/ou visuais; etc. Justificativa de cada Abordagem descrita. Justificativa estética do uso de materiais que NÃO ATENDAM ao requisito de Suporte Mínimo de Captação); | ||
Sugestão de Estrutura | ||
(Sugestão de estrutura do documentário a partir da(s) Estratégia(s) de Abordagem. Não se pretende um roteiro a descrição definitiva do que será o documentário, e sim uma exposição de como o autor-proponente pretende organizar as Estratégias de Abordagem no corpo do filme. A apresentação pode ser feita livremente a partir de texto corrido ou blocado); | ||
Ministrante da oficina: Ilana Feldman
Currículo resumido
Ilana Feldman é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade de São Paulo e mestre em Comunicação e Imagem pela Universidade Federal Fluminense, universidade pela qual se graduou em Cinema. É co-editora da publicação “Estéticas da Biopolítica - audiovisual, política e novas tecnologias”, redatora da revista eletrônica Cinética e colaboradora da revista eletrônica Trópico. Como realizadora, dirigiu com Cléber Eduardo o filme “Almas Passantes – um percurso com João do Rio e Charles Baudelaire”, premiado pelo Edital da Riofilme para curta-metragem, e, com Guilherme Coelho, o documentário “Se tu fores”, contemplado pelo prêmio Itaú Cultural para Novos Realizadores. Atualmente, prepara o curta-metragem “Rosa e Benjamin”, ganhador do Edital para a Co-produção de Curtas-metragens da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
quarta-feira, 11 de junho de 2008
terça-feira, 10 de junho de 2008
crime ferpeito


Cineclube Lanterninha Aurélio dá continuidade ao ciclo Humor em tempos de Cólera, e apresenta na próxima quarta-feira, dia 11 de junho o longa-metragem Crime Ferpeito. A comédia de Alex De La Iglesia traz o humor ácido já característico dos seus trabalhos. Na história o protagonista Rafael (Guillermo Toledo) é um orgulhoso vendedor de roupas femininas. Desejado pelas mulheres e invejado pelos homens ele é bastante ambicioso e acredita que este seja apenas um passo para sua glória. Tanta ambição atropela as coisas e faz com que Rafael caia em um erro fatal. A única testemunha desse erro é a tímida e feiosa Lourdes (Monica Cervera), que usa este fator como sua arma, para obrigá-lo a ser seu escravo sexual. Em um misto de terror, bom humor, e sarcasmo, Crime Ferpeito garante risos do começo ao fim e faz um critica voraz a sociedade do consumo, obcecada pela posse material.
Auditório João Miguel de Souza 3º andar no CENTRO CULTURAL CESMA
Rua Professor Braga, 55 - Centro Santa Maria - RS - Brasil 19h - Entrada Franca
Agende-se As gargalhadas das próximas quartas-feiras ficam a cargo de:
18/06 – Primavera para Hitler de Mel Broocks
25/06 – Delicatessem de Jean-Pierre Jeunet e Marc Caro
terça-feira, 3 de junho de 2008
Encontro Gaúcho de Cineclubes e Pontos de Exibição
Convidamos todos os cineclubes e representantes dos pontos de exibição não comerciais do Rio Grande do Sul para se fazerem presentes em Santa Maria, em 28 de junho deste ano, a partir das 10h30min, no Centro Cultural Cesma, para realização do Encontro Gaúcho de Cineclubes e Pontos de Exibição.
Este encontro tem como objetivo a troca de experiências dos projetos que visam o debate e a exibição da arte cinematográfica, tendo sempre como referência a democratização do acesso do público ao audiovisual. Visa ainda, o fortalecimento das ações cineclubistas e de exibição cultural com a criação de uma associação representativa.
A proposta está inserida dentro da programação dos 30 anos da Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria Ltda – CESMA, e de seu projeto cultural – Cineclube Lanterninha Aurélio.
Conta com os seguintes apoios:
Prefeitura Municipal de Santa Maria;
Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros – CNC;
Festival Santa Maria Vídeo e Cinema;
Estação Cinema – Associação dos Profissionais de Cinema e Vídeo de Santa Maria;
Cineclube Unifra;
TV OVO – Ponto de Cultrura Espelho da Comunidade;
APTC/ABD-RS – Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul;
Fundacine – Fundação de Cinema RS
SIAV – Sindicato da Indústria Audiovisual do Rio Grande do Sul
Programação:
Manhã
9h – Abertura do Credenciamento
10h30 – Mesa de Abertura: 80 anos de Cineclubismo no Brasil; História do
Cinema Gaúcho e Experiência RodaCine
11h30 – Relatos: Cineclubes e Pontos de Exibição hoje no RS
12h30 – Almoço
Tarde
14h – Mesa 1: Acervo, Curadoria e Exibição
15h – Mesa 2: Políticas Nacionais
16h – Café
16h30 – Debate e constituição de entidade representativa dos cineclubes
gaúchos.
19h – Encerramento
20h - Exibição de filme pelo Projeto RodaCine
Comissão de organização:
Francele Pedroso Cocco – Cineclube Lanterninha Aurélio – Santa Maria
Gilvan Veiga Dockhorn – Cineclube Vagalume – Caçapava do Sul
Luiz Alberto Cassol – CNC - Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros e
CESMA
Paulo Henrique Teixeira – Cineclube Lanterninha Aurélio – Santa Maria
Paulo Roberto Tavares – TV OVO: Ponto de Cultura Espelho da Comunidade –
Santa Maria
2008: 80 anos de Cineclubismo no Brasil e 30 anos do Cineclube Lanterninha Aurélio
Contatos e informações pelos fones 55 3221 9165, 3222 8544 (CESMA – Paulo Teixeira) ou celulares 55 96319219 (P.Teixeira) 55 9933 4263 (Cassol) e ainda pelo e-mail: cineclubelanterninhaaurelio@gmail.com