quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O Despertar da Besta no Cineclube Lanterninha Aurélio

                                        
Para dar continuidade ao Ciclo Meia-Noite, o Cineclube Lanterninha Aurélio, exibe na segunda-feira, dia 13 de outubro, às 18, na CESMA, o longa “O Despertar da Besta”, do diretor José Mojica Marins.

O despertar da besta acaba por se revelar um filme extremamente antenado com sua época, da popularização do rock’n’roll e da liberação sexual (vistos com um certo preconceito) e das drogas, que, apesar da reducionista impressão inicial, acabam por não ser satanizadas, quando o médico apresenta como conclusão de seu estudo o fato de não serem elas as responsáveis pela perversão de seus usuários, mas apenas como fator de liberação de suas frustrações. O surreal nunca pareceu tão verdadeiro. Vetado pela Censura Federal mesmo após inúmeros cortes, o filme permanece inédito nas telas de cinema até hoje.

O Despertar da Besta, 1969

Direção: José Mojica Marins

Terror, Suspense: 91 minutos

Sinopse: Na primeira parte do filme, filmado em preto-e-branco, Dr. Sérgio, um psiquiatra, aparece em um programa de televisão sobre um painel com outros três psiquiatras contemporâneos depois que ele alega ter realizado experimentos em quatro voluntários viciados em drogas com LSD a fim de investigar sua afirmação de que a perversão sexual é causada pelo uso de drogas ilícitas. Como prova, ele apresenta uma série de relatos documentados do uso de drogas levando a atos sexuais obscenos e bizarros. Marins aparece (como ele mesmo) no painel com os psiquiatras como se fosse algum tipo de especialista no assunto da depravação. Durante o programa, Dr. Sérgio narra a experiência de seus colegas no painel, que contestam suas afirmações.

Dr. Sérgio reúne os quatro voluntários, e depois de receberem uma injeção, os voluntários (quatro usuários de drogas vistos nos segmentos anteriores) são instruídos a olharem fixamente para um cartaz do filme O Estranho Mundo de Zé do Caixão. O filme muda de preto-e-branco para colorido e a experiência de cada paciente é vividamente retratada em uma série de cenas surreais.

As sessões acontecem às 18h, na CESMA (Professor Braga, 55).


A entrada é franca.

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