Para dar continuidade ao Ciclo Meia-Noite, o
Cineclube Lanterninha Aurélio, exibe na segunda-feira, dia 13 de outubro, às
18, na CESMA, o longa “O Despertar da Besta”, do diretor José Mojica Marins.
O despertar da besta acaba por se revelar um filme
extremamente antenado com sua época, da popularização do rock’n’roll e da
liberação sexual (vistos com um certo preconceito) e das drogas, que, apesar da
reducionista impressão inicial, acabam por não ser satanizadas, quando o médico
apresenta como conclusão de seu estudo o fato de não serem elas as responsáveis
pela perversão de seus usuários, mas apenas como fator de liberação de suas
frustrações. O surreal nunca pareceu tão verdadeiro. Vetado pela Censura
Federal mesmo após inúmeros cortes, o filme permanece inédito nas telas de
cinema até hoje.
O
Despertar da Besta, 1969
Direção:
José Mojica Marins
Terror,
Suspense: 91 minutos
Sinopse:
Na primeira parte do filme, filmado em preto-e-branco, Dr. Sérgio, um
psiquiatra, aparece em um programa de televisão sobre um painel com outros três
psiquiatras contemporâneos depois que ele alega ter realizado experimentos em
quatro voluntários viciados em drogas com LSD a fim de investigar sua afirmação
de que a perversão sexual é causada pelo uso de drogas ilícitas. Como prova,
ele apresenta uma série de relatos documentados do uso de drogas levando a atos
sexuais obscenos e bizarros. Marins aparece (como ele mesmo) no painel com os psiquiatras
como se fosse algum tipo de especialista no assunto da depravação. Durante o
programa, Dr. Sérgio narra a experiência de seus colegas no painel, que
contestam suas afirmações.
Dr. Sérgio reúne os quatro voluntários, e depois de
receberem uma injeção, os voluntários (quatro usuários de drogas vistos nos
segmentos anteriores) são instruídos a olharem fixamente para um cartaz do
filme O Estranho Mundo de Zé do Caixão. O filme muda de preto-e-branco para
colorido e a experiência de cada paciente é vividamente retratada em uma série
de cenas surreais.
As
sessões acontecem às 18h, na CESMA (Professor Braga, 55).
A entrada é franca.
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