sexta-feira, 30 de maio de 2008

doc tv




A edição 2008 da oficina do Projeto DOC TV será realizada em Santa Maria. Todos os interessados em desenvolver projetos documentais estão convidados a fazer essa oficina, desde que estejam residindo no Rio Grande do Sul. São 30 vagas que estão sendo ofertadas. A oficina é gratuita e o pré-requisito é apresentar um anteprojeto ou um esboço do projeto que o interessado pretende desenvolver.

A oficina será realizada de 30 de junho a 04 de julho, das 09 às 13h, no auditório do Centro Cultural Cesma (Rua Professor Braga, 55 – centro – Santa Maria). A CESMA, Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria Ltda está celebrando 30 anos em 2008 e insere a oficina do DOC TV em sua programação com muita satisfação.

Mais informações sobre o Projeto DOC TV no RS, podem ser encontradas no site da TVE em http://www.tve.com.br . Os interessados que já tenham anteprojetos podem enviá-los por e.mail para a Halina, da diretoria da APTC/ABD RS, pelo halinaaa@gmail.com .

O Concurso DOCTV IV selecionará 02 (dois) PROJETOS INÉDITOS de documentário que proponham uma visão original a partir de processos contemporâneos no estado do Rio Grande do Sul.

O Concurso premiará os projetos de documentários selecionados em 1º e 2º lugares com um CONTRATO DE CO-PRODUÇÃO no valor de R$ 110.000,00 (cento e dez mil reais).

Contamos com a participação de todos vocês. Inscrevam-se, divulguem e vamos todos fazer a oficina. Uma rara oportunidade de desenvolvimento de projetos documentais.

Os projetos também podem ser enviados diretamente para:

Fundação Cultural Piratini - Rádio e Televisão
A/C Denise
Rua Corrêa Lima, 2118 - Santa Tereza /

CEP 90850-250 /

Fone: (51) 3230.1500

Porto Alegre - RS - Brasil

DOC TV RS

Realização:

- Secretaria do audiovisual do ministério da cultura

- Associação Brasileira de Emissoras Públicas Educativas e Culturais - Abepec

- Fundação Padre Anchieta – TV Cultura

- Empresa Brasil de Comunicação – TV Brasil

- Fundação Cultural Piratini

Apoio:

- ABD

- ABD/APTC RS

- CEEE

Apoio e organização em Santa Maria:

- CESMA – Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria Ltda

- Cineclube Lanterninha Aurélio

- Festival Santa Maria Vídeo e Cinema – SMVC

- Estação Cinema – Associação dos Profissionais Técnicos de Cinema e Vídeo de Santa Maria.

terça-feira, 27 de maio de 2008



Encerramos nessa quarta-feira, dia 28 de maio, o ciclo Cine Brasil com a exibição do filme de Sganzerla, O bandido da luz vermelha. Filme de 1968, do gênero policial, dirigido por Rogério Sganzerla e baseado na vida do famoso criminoso João Acácio Pereira da Costa, o "Bandido da Luz Vermelha", é considerado o maior representante do cinema marginal. Rogério Sganzerla tinha 22 anos quando realizou O bandido da luz vermelha.

Sinopse

Jorge, um assaltante de residências de São Paulo, apelidado pela imprensa de "Bandido da Luz Vermelha", desconcerta a polícia ao utilizar técnicas peculiares de ação. Sempre auxiliado por uma lanterna vermelha, ele possui as vítimas, tem longos diálogos com elas e protagoniza fugas ousadas para depois gastar o fruto do roubo de maneira extravagante.

Na cidade de Santos se apaixona pela musa Janete Jane, conhece outros assaltantes, um político corrupto e acaba sendo traído. Perseguido e encurralado, encontra somente uma saída para sua carreira de crimes: o suicídio.

Elenco


O roteiro

O roteiro, de autoria do próprio diretor, é livremente baseado na história de João Acácio Pereira da Costa, bandido catarinense que, em 1967, atormentou a polícia paulista.

O roteiro de O bandido da luz vermelha denota uma familiaridade muito grande com a história contada, com a narração à maneira dos programas policiais de rádio. Ele é bastante minucioso ao mostrar os "anos de aprendizagem" do Luz, na apresentação do delegado Cabeção e nas exatas palavras do casal de locutores que comentam os acontecimentos da cidade em que é transformada São Paulo no filme.

Os créditos iniciais

Como a maioria dos filmes, O bandido da luz vermelha inicia com os créditos que indicam a produtora, o título, o diretor, os atores principais, entre outros. Os dados são fornecidos por um luminoso que faz desfilar as palavras diante da câmera. Ao apresentar o diretor, ao invés de "um filme de..." ou "dirigido por..." aparece "um filme de cinema de ...".

Após a aparição do nome do diretor nos créditos, entram os nomes dos atores, iniciando com o de Paulo Vilaça, intérprete do bandido. Concomitante ao aparecimento de seu nome, surge uma voz em off, que é a voz do "Bandido da Luz Vermelha", para um curto monólogo que inicia com: "Eu sei que fracassei". Finda a apresentação dos atores, o monólogo do bandido prossegue sobre a primeira seqüência: crianças miseráveis brincam num monte de lixo com armas, um plano geral da cidade de São Paulo, crianças assaltando uma favela, enquanto a voz do bandido fornece informações biográficas a seu respeito.

A locução radiofônica

Os atores que interpretam os locutores de rádio receberam instruções de Rogério e de Silvio Renoldi, responsável pela montagem do filme, para "carregar no tom debochado" de narração policial sensacionalista. Os locutores de rádio acompanham o filme e são ouvidos pelos espectadores, mas não pelos personagens. Eles falam como jograis, numa paródia de programa policial popular de rádio, com as informações dramatizadas pela ênfase das entonações.

Outros personagens do filme

Luis Linhares interpreta o "delegado Cabeção", ocupado com a morte e sobrevivendo dela. Sua trilha é paralela à do bandido. Acabam morrendo juntos, abraçados, e não há nisso qualquer ilação homossexual. O diretor não deixa por menos, presta-lhes uma homenagem, um coro fúnebre: o samba e o sangue..

Pagano Sobrinho, que interpreta "J.B. da Silva", é o político corrupto. Considerado oficialmente o cabeça da "Mão Negra", nada mais faz senão atender às exigências de tão alto encargo. Seu afilhado "Lucho Gatica", vivido por Roberto Luna, é um misto de brigão bem comportado e puxa-saco desabusado. A insinuante presença deMartin Bormann, o carrasco nazista que estaria vivendo na América Latina, evidencia os anseios da organização "Mão Negra".

Não faltam ainda o "melhor advogado do Brasil", um guarda-costas e "Chico Laço", o conhecido repórter de Itapecerica da Serra.

"Janete Jane" é a prostituta que leva o espectador a penetrar no íntimo do bandido. O amor é, na vida do bandido, o momento de descuido que irá ocasionar uma ruptura na rotina de sangue.

Além de todas as demais personagens, que são de muita importância, deve-se evidenciar a presença do disco voador, que aparece, providencialmente, para desviar as atenções do significado da morte de "Luz" e do fim da organização "Mão Negra" na vida nacional. Ele é o presente grego oferecido ao povo.

O suicídio

Antes de chegar ao local no qual vai se matar, o bandido finge ter sido atingido por uma bala policial, levando a mão ao ombro pretensamente ferido e cambaleando às gargalhadas. Assim, ironiza a incompetência da polícia, que não conseguiu prendê-lo, nem conseguirá. Depois, um pouco adiante, envolve a cabeça e o torso com fios elétricos e, pisando numa grande chave elétrica (que inesperadamente encontra-se funcionando num monte de lixo na favela), morre eletrocutado.

O cadáver é descoberto por policiais displicentes que chamam o delegado, embora achem que esse indivíduo lamentável não pode ser o famoso bandido da luz vermelha. Chega o delegado, que inadvertidamente, pisa na mesma chave elétrica e morre estendido ao lado do bandido, pronunciando comicamente uma palavra dita no filme por um personagem: "Mamãe!".

Prêmios e indicações

Festival de Brasília de 1968 (Brasil)

  • Venceu nas categorias de melhor figurino, melhor diretor, melhor montagem e melhor filme.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

o sonho não acabou

Era pra ser "os 7 gatinhos" do Neville de Almeida, o segundo filme melhor votado na lista de nacionais sugerida, no entanto, ao nos certificarmos da qualidade da exibição, já que o trabalho de Neville que temos é um VHS da locadora da Cesma, verificamos que a sessão ficaria comprometida. E como não existe este filme em outra locadora ou nos acervos dos mais apaixonados frequentadores do cineclube, trocamos sua exibição pelo filme de Sérgio Resende, "o sonho não acabou".

Portanto, se havia te preparado para ver uma fantástica interpretação de Lima Duarte e ouvir músicas de Erasmo e Roberto Carlos, prepara teu espírito para ver uma das últimas atuações de Lauro Corona e uma das primeiras no cinema de Miguel Fallabela.


Festival de Gramado 1982 (Brasil) - Direção: Sérgio Resende

  • Recebeu o Kikito na categoria de Melhor Som.
  • Indicado na categoria de Melhor Filme.


sexta-feira, 16 de maio de 2008

ópera do malandro



Rio, 1941 - No Brasil, o clima é o Estado Novo, mas nas ruas do Rio de Janeiro, onde circulam ladrões, contrabandistas, alcoviteiros e trabalhadores, guerra e política não têm muita importância.

Max é um dos habitantes dessas ruas. Amável, elegante e sedutor, na melhor tradição de malandro carioca, ele está preocupado o bastante com a sua própria sobrevivência e no seu status pessoal para pensar em política ou guerras.

O ataque do Japão à Pearl Harbour muda o seu comportamento. Fanático incurável pelos filmes e músicas americanos, ele tem uma maneira particular de reagir ao ataque japonês. Com um grupo de marinheiros americanos, ele planeja uma retaliação ao cabaré Hamburgo de Otto Strüdel, um alemão mal-humorado que reina sobre o império das boates e bordéis do submundo carioca.

Max se sai bem da enrascada. O cabaré fica praticamente destruído, mas o comissário Tigrão, seu amigo de infância, o deixa livre. Através das prostitutas que trabalham no cabaré, Otto fica sabendo quem foi o responsável pela devastação. A sua vingança se faz através de Margot, de quem Max é gigolô. Margot é demitida, o que estimula o círculo vicioso das vinganças, através de Geni, travesti que por ele é eternamente apaixonado. Max é informado de que Ludmilla, filha de Otto, está chegando ao Rio. Ele resolve então, seduzi-la, sem imaginar o que sua paixão inesperada pela filha de Otto pode acarretar.

Críticas

"A Ópera do Malandro" é um ótimo musical brasileiro. Adaptação para o cinema da peça homônima de Chico Buarque, o filme contou com o próprio Chico na estruturação de seu roteiro, bem como, na preparação da trilha sonora.

Realizado pelo cineasta Ruy Guerra, o filme enfoca o autoritarismo reinante no Brasil na época da ditadura Vargas, mais precisamente no ano em que os japoneses atacaram Pearl Harbor. Assim, a política, os jogos do poder e as alianças espúrias estão presentes, ainda que de uma forma disfarçada.

As belas músicas são magnificamente coreografadas, cantadas, dançadas e interpretadas. A elas, soma-se a excelência da direção de Ruy Guerra. Enfim, "A Ópera do Malandro" é um musical imperdível.



CAA


quinta-feira, 8 de maio de 2008

quarta-feira, 7 de maio de 2008

hamartia - ventos do destino




Caros amigos, tenho o prazer de convidá-los a assistir o teaser do filme que estamos realizando, "Hamartia - Ventos do Destino", uma produção da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em parceria fraterna com a Força Aérea Brasileira (FAB). Creio que, com isso, podemos nos convencer que estamos fazendo um bom trabalho.
Espero que gostem e, se possível, divulguem entre seus conhecidos e amigos. Ouvir críticas é sempre bom quando são bem intencionadas.

Abraço forte.
Rondon

http://www.youtube.com/watch?v=p1JoUB7iSKk -

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Acesse e divulgue o site do filme "Hamartia - Ventos do Destino" (www.hamartia.com.br ) ,


terça-feira, 6 de maio de 2008

maio mês de trabalho

O mês de maio traz consigo novas propostas de interação do cineclube com a comunidade através da participação na 35 ª Feira do Livro de Santa Maria, nos dias 6 e 13, às 19 horas, com exibição de curtas-metragens, como já fora feito em outras edições e o início de um novo ciclo nas sessões regulares: cine brasil.
De uma listagem de 23 produções nacionais, exibiremos as 4 mais votadas. Participaram desse pleito 75 entusiastas do cinema, 67 na última sessão de abril e 8 aqui pelo blog.

Vamos ao que interessa...o primeiro filme do mês é AMARELO MANGA, de Cláudio de Assis.



Guiados pela paixão, os personagens de Amarelo Manga vão penetrando num universo feito de armadilhas e vinganças, de desejos irrealizáveis, da busca incessante da felicidade. O universo aqui é o da vida-satélite e dos tipos que giram em torno de órbitas próprias, colorindo a vida de um amarelo hepático e pulsante. Não o amarelo do ouro, do brilho e das riquezas, mas o amarelo do embaçamento do dia-a-dia e do envelhecimento das coisas postas. Um amarelo-manga, farto.

Venha conferir o trabalho de um cineasta que não teme os excessos, virtude cada vez mais rara no cinema nacional.

Amarelo Manga integra o pacote de filmes adquirido pelo Lanterninha junto à Programadora Brasil.

próxima sessão: ÓPERA DO MALANDRO, direção de Ruy Guerra