terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Um Casamento à Indiana - 27/02

Cineclube Lanterninha Aurélio
Projeto Cultural CESMA -Santa Maria/RS - desde 1978
Filiado ao CNC - Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros

Encerrando o Ciclo: Tradição..Família e Sacanagem


Um Casamento à Indiana
Direção: Mira Nair
2001 . 114 min

A família Verma se reúne em Nova Delhi para um casamento arranjado às pressas. Várias histórias se entrelaçam, retratando diferentes aspectos do amor e atravessando fronteiras geográficas, sociais e morais. Após um relacionamento fracassado, Aditi a noiva, aceitou casar-se com Herman, um engenheiro texano, e encontra-se apreensiva com a mudança para os Estados Unidos.
Lalit e Pimmi , seus pais, enfrentam o desafio de manter as tradições familiares enquanto Dubby, o responsável pelo cerimonial, apaixona-se pela empregada da família. E há também a presença da independente Ria e da adolescente Ayesha , primas de Aditi.


Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor
Filme Estrangeiro.

- Ganhou o Leão de Ouro, no Festival de Veneza.

- Recebeu uma indicação ao BAFTA, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.




19h - Entrada franca
Auditório João Miguel de Souza
CENTRO CULTURAL CESMA
Rua Professor Braga, 55 - Centro
Santa Maria - RS - Brasil

Cineclubismo: 80 anos democratizando o audiovisual brasileiro!

E-mail: cineclubelanterninhaaurelio@gmail.com
Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=197704
Telefone - 55 3221 9165 - 3222 8544

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O atual presente também é passado

Em junho de 1895, na cidade de Lyon, por ocasião do congresso das sociedades francesas de fotografia, os irmãos Lumiére, Louis e Auguste apresentam o Cinematógrafo, um aparelho que consegue captar e projetar imagens em movimento. No entanto, somente no dia 28 de dezembro do mesmo ano, no Grand Café em Paris, acontece a primeira projeção pública. A partir dessa data, o cinematógrafo percorre toda a Europa e ganha dimensões extracontinentais, chegando ao Brasil em 8 de julho de 1896, apenas 7 meses após a sessão histórica de Paris.

Essa rápida expansão é reflexo do encantamento provocado pelas “imagens em movimento” e fruto da iniciativa dos próprios Lumiere, que incentivam inúmeros operadores a se espalhar por diversas partes do mundo com a dupla missão: realizar filmes para alimentar o repertório do cinematógrafo e organizar sessões de projeções em praças públicas ou através do aluguel de salas.

Os “retratos das cidades” realizados pelos operadores Lumiére servem a dois públicos: os espectadores ávidos por descobrir países e costumes estrangeiros e os nativos que se deleitam reconhecendo lugares familiares.

Essa apropriação do público acaba por transformar o cinema na grande arte do século XX, pois ele adquire também o caráter ficcional e de entretenimento.

O cinematógrafo no Rio Grande

Se Nova York pôde aclamar o cinematógrafo dos Lumiére em 29 de junho de 1896, um pouco antes do Rio de Janeiro, os porto-alegrenses, por sua vez, presenciaram essa maravilha do mundo moderno em 08 de novembro do mesmo ano.

Em 1895, com quase 70 mil habitantes, Porto Alegre passava por um frenético período de expansão. A luz elétrica levada a particulares por uma companhia inglesa desde 1873, alcançava um número cada vez maior de residências. A iluminação pública contabilizava mais de 600 lampiões a gás. Essa característica permitiu a vinda do aparelho dos Lumiére para o Rio Grande do Sul.

Conforme o documento escrito pelo médico e pesquisador Romeu Beltrão em 25 de agosto de 1956, data da re-inauguração do Cine Independência: “A primeira exibição de cinema em Santa Maria foi a 17 de fevereiro de 1898, no Teatro 13 de Maio, localizado onde hoje se encontra o Centro Cultural. A novidade fazia parte do espetáculo teatral da Companhia de Variedades do Teatro Lucinda, do Rio de Janeiro, dirigida por Germano Alves e tendo como principal atriz Apolônia Pinto”.

Menos de dois anos após a exibição da rua dos Andradas, nº 230 em Porto Alegre, a cidade de Santa Maria recebe a primeira sessão de cinema, completando, no último domingo, 110 anos de envolvimento com a sétima arte.

É preciso ressaltar que Santa Maria foi uma das primeiras cidades do interior gaúcho a possuir iluminação elétrica, justamente em 1898. Ainda em 1895, foi inaugurada a linha férrea Santa Maria / Cachoeira do Sul e que, mais tarde, seria ampliada até Porto Alegre. Esses fatos colocam a cidade no roteiro dos grandes espetáculos de variedades que percorriam, de forma itinerante, as principais cidades do Brasil.

A evolução do cinema em Santa Maria

O Cineclube Lanterninha Aurélio recebeu, como doação de Werner Rempel, um importante documento de 1956, escrito devido à re-inauguração do Cine Independência. Nesse informativo, Romeu Beltrão, importante nome na memória de Santa Maria, faz um apanhado da história das projeções cinematográficas em nossa cidade. A nossa vontade é reproduzi-lo em sua quase totalidade, para refletir e comemorar os 110 anos de uma das primeiras manifestações cinematográficas do interior do estado.

Dizia o anúncio: “Neste extraordinário aparelho serão apresentados a todo o comprimento do pano de boca do teatro, com auxílio de luz elétrica, sem a menor oscilação, as figuras movem-se e o espectador terá a ocasião de apreciar os maiores quadros de sensação, caminhos de ferro, grandes batalhões em desfilada, o mar agitado e barcos em movimento espantoso atraem a atenção do público, que tem aclamado esse aparelho o maior sucesso conhecido até agora”.

Compunha o programa : “1) Prestidigitador Hermann; 2) Irrigação no Passeio Estrela (Lisboa); 3) Um batalhão espanhol; 4) Por causa de um antigo jornal...; 5) Mergulhadores na África Portuguesa; 6) Um combóio de recreio na Cintra (Portugal)”

Após essa ilustração de 1898, Romeu Beltrão, segue traçando a evolução das projeções na cidade “Em seguida, surgiu na cidade outro aparelho denominado, Cronofotógrafo e exibido por um sr. F. Taboada, mas fracassou e a imprensa da época foi unânime em apregoar as vantagens do cinematógrafo do sr. Germano Alves.

Por volta de 1911, no próprio Teatro 13 de Maio, existia um cinema, o primeiro que teve a cidade, chamado Recreio Ideal, de propriedade de Afonso Farias do Nascimento, por apelido Toquinho, figura popular na época.

Também apareciam, de quando em vez, exibidores ambulantes, davam espetáculos num salão da Cervejaria Seyfarth, que ficava onde hoje é o Depósito Central, na avenida Rio Branco.

A 30 de dezembro de 1911 abriu-se nova fase do cinema em Santa Maria, com a abertura do Coliseu Santamariense, de propriedade de João Martins Peixoto, que daí por diante, passou a ser o animador da cinematografia e do teatro em nossa terra, enquanto desaparecia o velho Teatro 13 de Maio”.

Em complemento ao texto de Beltrão, encontra-se a obra de Aristilda Rechia “Santa Maria – Panorama Histórico-Cultural” que afirma que “em 30 de dezembro de 1911, foi inaugurado o Teatro Coliseu, no local onde, até há pouco, encontrava-se edificado o Cinema Glória. Era propriedade de firma Peixoto, da cidade de Bagé. O prédio em madeira ostentava em sua fachada um trabalho todo em recortes de madeira, cuja obra foi executada por Primo Casagrande. O casarão foi construído por Primo Mussoi. Tinha capacidade para 1.300 pessoas.(...) O Teatro Coliseu, possuindo boas acomodações, excelente acústica e camarins confortáveis, passou a ser o preferido pelas companhias e acabou fazendo sombra ao Theatro Treze de Maio. Teve vida ativa até meados da década de 40, e também seu fim, sendo o casarão demolido”.

Novamente conforme BELTRÃO, por morte de seu primeiro proprietário, passou o Coliseu à posse de Carlos Peixoto (Cavôco), irmão de João, que vendeu a Charles Sturges a êste cinema Cupello S/A. Em 1945 o tradicional casarão de madeira da esquina da Dr. Bozano com a Riachuelo foi demolido e, dentro em breve, as glórias do velho Coliseu renascerão num magestoso cinema, que fato curioso, já foi batizado de Cine Glória.

A 15 de agosto de 1922 abria suas portas o Cine Independência, de propriedade e direção de Joaquim Correa Pinto, o Quinca Pinto, passando sucessivamente à direção de Pedro Diaz Marco (1925-1928), Horácio Castelo (1928-1929), Carlos Peixoto (1930-1935), Joaquim Correa Pinto (1936-1938), Silveira, Varella & Cia. (1939-1940), Charles Sturges (1940-1946), Cinema Cupello S/A (1946-1956) e Cinemas Cupello Santa Maria S/A, que hoje entrega aos santamarienses como uma das mais modernas salas de espetáculos do Estado.

Entre 1925 e 1929, mais ou menos, funcionou em um terreno baldio da avenida Rio Branco, onde atualmente se levanta o edifício Piraju, o Cinema Ar-Livre, de propriedade de Gustavo Rademacker e Erico Melchers, e assim chamado porque era a céu descoberto. Os mesmos emprezários tiveram, pela mesma época, outro cinema, localizado na rua do Comércio, hoje Dr. Bozano, onde se encontra a Loja Primavera atualmente, mas foi de vida efêmera nem o nome deixando nos fastos da cidade.

Outro marco importante da história da cinematografia entre nós foi a inauguração do Cinema Imperial, sob a direção de Charles Sturges, a 27 de junho de 1935. Passou depois à empresa Cinemas Cupello S/A e no presente pertence à Cinemas Cupello Santa Maria S/A.

Em os anos de 1937-39, numa dependência do Clube Caixeiral, esteve em funcionamento o Cinema Odeon, de Silveira, Varella & Cia. – o primeiro cinema de cadeiras estofadas que teve a cidade.

Eis, a largos traços, a evolução do cinema em nossa Santa Maria, dos tempos do amendoim torrado, passando pelos da bala café-e-leite, até o do chiclete; do piano do Maestro Bersani, dos violinos do Martini e do Alcides Trindade, da flauta do Taitai (Gentil Berch), do violoncelo do Maestro Grau e do contra-baixo do Gregório Trindade aos possantes sistemas sonoros de nossos dias; e das imagens saltitantes que fugiam da tela, à maravilhosa projeção dos aparelhos modernos.

Hoje, 25 de agôsto de 1956, começa para nós a era do cinemascópio e dos gigantes da técnica da moderna cinematografia.

O passado é uma imensa saudade e o presente também um dia será...”

Como se vê, o atual presente também é passado, pois estamos há exatos 235 dias sem cinema comercial em Santa Maria. No dia 5 de julho de 2007, a Sul Projeções fez sua última exibição na cidade com o blockbuster Homem Aranha 3. De lá para cá, a administração do shopping Monet abriu várias negociações, principalmente com distribuidoras multiplex, mas ainda não informou nenhuma data como prazo para abertura das salas. A única certeza é que as salas precisam de reformas, pois o estado de má conservação, a ruim qualidade da projeção e principalmente a péssima qualidade do som contribuíram de maneira significativa para a falta de público nos cinemas. Alguns ainda apontam a qualidade dos filmes exibidos, mas esse problema está inserido no tripé: produção, distribuição e exibição, que assim como outros problemas inerentes, precisa de um processo de amadurecimento e conscientização do estado, dos distribuidores, dos exibidores e, por fim, do público.

Porém, o Royal Plaza Center promete ainda para o primeiro semestre deste ano a abertura de 4 salas de cinema, sendo 2 digitais e outras 2 em película 35 mm. Essas salas serão administradas pelo grupo Arco Íris Cinemas, de propriedade de Mário Santos, que esteve em Santa Maria durante a realização da última edição do Santa Maria Vídeo e Cinema, onde participou do Seminário Gaúcho de Cinema como convidado, representando os exibidores. Nessa oportunidade, a Estação Cinema – Associação dos Profissionais Técnicos de Cinema e Vídeo de Santa Maria e representantes do movimento cineclubista da cidade conseguiram o comprometimento do empresário de que seriam abertas essas 4 salas, sendo que uma das digitais deverá ser destinada para filmes de arte. Essa talvez seja a grande compensação para todos que gostam do cinema e que foram privados dessa atividade coletiva ao longo de quase um ano. É também fruto da longa tradição da cidade com o cinema e com o movimento cineclubista.

Para complementar, segundo dados da ANCINE – Agência Nacional do Cinema, o Brasil possui uma sala para cada 90 mil habitantes. Então, somente 8% da população brasileira têm acesso a salas de exibição, ressaltando que a maioria dessas salas encontram-se em grandes centros urbanos, alojadas em shopping-centers. O cinema de calçada praticamente inexiste. No Rio Grande do Sul, fora da capital, são pouquíssimas cidades que ainda possuem salas de cinema.

Logo, visualizamos que a situação da falta de salas comerciais de cinema em Santa Maria é muito mais resultado de uma conjuntura altamente excludente, que garante o acesso a apenas uma parcela mínima da sociedade, do que a falta de interesse e público.

O Cineclube Lanterninha Aurélio respeita seus freqüentadores e sua história, e nessa relação estabelece cúmplices e parceiros, dando continuidade e condições para que ainda consigamos nos transportar para outros mundos e realidades a partir de uma sala escura bem próxima a nós, o auditório da CESMA. Apesar de tudo, o cinema foi e ainda continua sendo uma grande característica cultural de nossa cidade. Por isso, vamos continuar esperando para que a saudade do passado torne-se experiência futura.

Ver texto sobre a tradição cineclubista de Santa Maria.


fontes:

Rechia, Aristilda. Santa Maria, Panorama Histórico-Cultural. Santa Maria: 3ª edição – Associação Santa-Mariense de Letras, 2006.

Belém, João. História do Município de Santa Maria 1797-1933. Santa Maria: Editora UFSM, 2000.

Steyer, Fábio Augusto. O cinema em Porto Alegre – 1896-1920. Porto Alegre: PUCRS/BCE, 1999.

Toulet, Emmanuelle. O cinema, invenção do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 1997.



por

Paulo Henrique Teixeira & Francele Pedroso Cocco

Coordenadores do Cineclube Lanterninha Aurélio – Projeto Cultural CESMA

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

de salto alto

Cineclube Lanterninha Aurélio
Projeto Cultural CESMA -Santa Maria/RS - desde 1978
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Ciclo: Tradição...Família e Sacanagem...

20/02/2008

De Salto Alto
espanha , frança, 1991
Direção: Pedro Almodovar
112 min


Rebeca trabalha como locutora de um telejornal em uma emissora de TV dirigida por seu marido. No passado, o marido de Rebeca foi o grande amor de sua mãe, Becky, que a abandonou para se dedicar à sua carreira de cantora. Quinze anos depois, a mãe de Rebeca volta a Madri para se apresentar. A poucos dias da estréia de Becky, o marido de Rebeca é assassinado em sua casa de campo. Este assassinato muda completamente o destino das personagens, que passam a enfrentar um turbulento acerto de contas.





Entrada franca
Auditório João Miguel de Souza
CENTRO CULTURAL CESMA
Rua Professor Braga, 55 - Centro
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Cineclubismo: 80 anos democratizando o audiovisual brasileiro!

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parente é serpente

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Ciclo: Tradição...Família e Sacanagem...

13/02/2008 - 19 horas

Parente... É Serpente
Itália, 1992 (105min)
Direção: Mario Monicelli

Uma família tipicamente italiana se reúne na casa da nonna para a ceia de Natal. Separados pela distância e estilos de vida bem diferentes, tudo transcorre em clima de festa, até que as verdadeiras personalidades de cada um dos irmãos vão sendo expostas e minam aos poucos, o clima festivo. Há por exemplo, a irmã hipocondríaca e intrometida, a outra é frustrada por não ter filhos e um dos casais tem uma filha adolescente comilona que sonha em ser bailarina. O que resta da fraternidade familiar vai por água abaixo, quando os avós anunciam que decidiram morar com um dos filhos... A partir daí, começa um autêntico jogo de empurra-empurra, pois ninguém quer arcar com a responsabilidade.




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a lula e a baleia

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Ciclo: Tradição..Família e Sacanagem

06/02/2008 - 19 Horas

A Lula e a Baleia
Direção e Roteiro: Noah Baumbach
(Drama. 81 min. EUA . 2005)

Sinopse

Bernard, o patriarca de uma excêntrica família, sonha ser um grande escritor, mas trabalha como professor. Quando Joan, a esposa dele, descobre seu próprio talento para escrever, o ciúme divide a família, forçando os dois filhos adolescentes a criar uma nova forma de relacionamento com os pais. A mãe passa a ter encontros com o treinador do filho mais novo e o pai começa a namorar uma estudante que o filho mais velho deseja. História de fundo autobiográfico, baseada em experiências vividas na infância pelo diretor Noah Baumbach e seu irmão.

A Lula e a Baleia recebeu 3 indicações ao Globo de Ouro 2006:
Melhor Filme (Musical ou Comédia)
Melhor Atriz - Laura Linney
Melhor Ator - Jeff Daniels

E 1 indicação ao Oscar 2006 na categoria Melhor Roteiro Original





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dolls

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Ciclo "Olhos de Gaijin"

30/01/2008 - 19 horas

Dolls
Japão, 2002
Direção: Takeshi Kitano

Mostra algumas histórias sobre amores infinitos e eternos. Um fã de uma cantora pop que fura os próprios olhos quando ela sofre um acidente. Um jovem que abandona a namorada para casar-se com a filha do chefe, mas, quando a ex tenta se matar, larga tudo para viver com ela de forma miserável. Um homem que abandona a mulher para trabalhar com a máfia japonesa e, anos mais tarde, tenta reencontrar o grande amor. Essas são algumas histórias de amor, alimentadas e finalizadas de forma trágica, que conduzem o espectador em Dolls.




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adeus minha concubina

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Ciclo "Olhos de Gaijin"

23/01/2008 - 19 horas

Adeus Minha Concubina
Direção:Chen Kaige
170 min.1993 China

O romance de dois homens e uma prostituta ao longo de meio século, num filme que venceu o Festival de Cannes de 1993. A história começa nos anos 20, quando dois amigos tornam-se célebres ao interpretar a ópera " Adeus minha Concubina". No palco, é apresentada a história do rei Chu, que liberta sua concubina Yu na véspera de uma derrota. Para não abandoná-lo, ela se suicida. Através da trajetória dos atores e de seu relacionamento de ciúmes e companheirismo, o filme faz um retrato dos momentos dramáticos que viveu a China neste século, utilizando a alegoria de um teatro marcado por códigos estéticos.







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sob o olhar do mar

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Ciclo "Olhos de Gaijin"

Sob o olhar do mar – 2002, Japão
Direção: Kei Kumai

16/01/2008 - 19 horas

Sinopse:

Ambientado em um prostíbulo do século XIX "Sob O Olhar Do Mar" conta a história de uma jovem gueixa, O-Shin , que esconde um samurai procurando por refúgio. O samurai acaba se apaixonando por O-Shin e espera livrá-la dos pecados de sua profissão, no entanto, o destino e dinheiro conspiram para separar os amantes. E quando outro jovem rapaz aparece, um temporal avassalador atinge o vilarejo. O que acontece se nada nem ninguém sobreviver à fúria da natureza? Este excelente épico foi o último filme escrito pelo lendário diretor Akira Kurosawa
O diretor Kei Kumai, escolhido a dedo pelo filho de Kurosawa.




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cega obsessão

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Ciclo "Olhos de Gaijin"

09/01/2008 - 19 horas

Cega Obsessão (Môjuu)

Direção: Yasuzo Masumura
Japão, 1969, 84 min.


Um escultor cego obcecado por uma modelo, a aprisiona em seu ateliê. Acreditando ter criado uma nova forma de arte tátil, ele e a modelo se envolvem numa alucinada e sadomasoquista relação, entre o erotismo, arte e a morte. Clássico sem precedentes da nouvelle vague japonesa, do gênero eroductions (filmes eróticos) de atmosfera de horror psicológico.

Belo e angustiante, Cega Obsessão foi baseado num conto de Edogawa Rampo, pai dos romances policiais nipônicos dos anos de 1920 a 1960. Suas histórias eram recheadas de compulsão obsessiva, desfiguramento e loucura, ficando proibidas de circular no Japão durante a Segunda Guerra.


Entrada franca
Auditório João Miguel de Souza
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Santa Maria – RS – Brasil

Próxima Exibição: 16.01.2008 -
Sob o olhar do mar – 2002, Japão
Kei Kumai


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santa maria menos criativa

Car@s, é com grande tristeza que pouco mais de 10 dias após a morte de Pedro Freire Júnior, venho informar o falecimento de Sérgio Assis Brasil acontecido às 9h desta manhã.
Não tenho palavras para expor sentimentos numa hora dessas, me limito a repassar uma entrevista realizada pelo Rascunho, jornal da CESMA, com o Sérgio em julho de 2005, época do 4º SMVC que justamente o escolheu como homenageado local.

Catarse cinéfila com Sérgio Assis Brasil:

Ele sempre teve um lado artístico bem aguçado, porém, a arte que lhe renderia certo reconhecimento não foi a primeira com a qual se envolveu. Tudo começou em meados dos anos 60 com a música, no auge do movimento denominado Jovem-Guarda. Nessa época, um rapaz chamado Sérgio Assis Brasil fazia algumas apresentações em estabelecimentos locais com seu conjunto, Os Flintstones. Eles animavam bailes de formatura, de debutantes e festas em geral, já que pouquíssimos lugares ofereciam som mecânico como opção.

Ainda nessa época, o jovem músico começou a dividir seu tempo com outra atividade: a produção cinematográfica. Primeiro foi o envolvimento com o Cineclube do Colégio Santa Maria, em seguida a influência de alguns amigos e, por fim, o casamento da irmã. O leitor deve estar se perguntando "como assim?". É que foi nesse momento que o jovem garoto viu pela primeira vez um equipamento de filmagem e tomou gosto definitivo pela coisa.

Depois disso, tudo descambou. No bom sentido, lógico! O garoto que antes animava bailes e festas juvenis começava a dar seus primeiros passos rumo à produção audiovisual. Hoje com mais de 25 anos dedicados ao vídeo e ao cinema, Sérgio coleciona excelentes produções, prêmios e algumas histórias bem interessantes para contar.

Sua carreira autodidata já passou pelas películas 8, 16 e de 35mm; andou do cinema ao vídeo, das telas da televisão aos videoclipes de bandas locais e alguns artistas de renome estadual. Suas funções por trás das câmeras foram inúmeras: diretor, produtor, roteirista, operador de câmera e quase tudo o mais que se possa fazer por trás das telas e, até mesmo, na frente delas, já que também acumulou a função de apresentador de alguns programas na época em que trabalhou para TV.

E é sobre isso tudo isso e mais um pouco que o simpático senhor, de baixa estatura, mas de grande talento, conversou com o Rascunho. Confira um pouco desse descontraído e, segundo o próprio entrevistado, relaxante bate-papo:

Rascunho – Como começou tua relação com o cinema?

Sérgio - Eu sempre gostei de cinema, porém meu primeiro contato direto com isso foi no Cineclube do Colégio Santa Maria. Tinha uma pequena sala, ali na escola mesmo, onde eu e alguns colegas projetávamos alguns filmes bem interessantes em 16mm. Além disso, a gente promovia discussões e tínhamos um fichário e uma pequena biblioteca com anotações referentes às películas que exibíamos. Foi nesse período que eu me apaixonei de vez pelo cinema e decidi que queria trabalhar com aquilo.

Rascunho – Em que ano foi isso?

Sérgio - Por volta de 1963/64, se não me falha a memória.

Rascunho – Foi aí que tu resolveste fazer cinema mesmo?

Sérgio – Mais ou menos. Na verdade foi nesse momento que eu me apaixonei de vez pelo cinema. Meu interesse aumentou ainda mais quando tive contato pela primeira vez com uma câmera, que é uma história bem engraçada. Foi no casamento da minha irmã, há muitos anos, não posso nem dizer quanto tempo se não ela pode ficar braba (risos). Mas foi aí que vi aquele equipamento e isso me causou um fascínio tal que passei toda cerimônia olhando o pessoal filmar, tentando entender aquele mecanismo.

Rascunho – E quando tu começaste a trabalhar com cinema?

Sérgio – Foi por volta de 1969, quando eu e um grande amigo chamado Luiz Carlos Moraes rodamos um curta em 8mm chamado "Amor Desamor". E era bem interessante, porque na verdade, a gente rodava em 16mm e depois tínhamos que cortar o rolo ao meio, ficando só com uma perfuração de borda para trabalharmos.

Rascunho – Essa foi uma época em que os jovens eram bastante engajados politicamente. A tua arte, o teu cinema no caso, era assim também?

Sérgio – Apesar de eu ter minhas convicções o meu cinema nunca foi de protesto. Esse filme mesmo, o "Amor Desamor", pensando bem, tinha algumas coisas que subvertiam certos valores, o que se pode considerar uma maneira bem singela de protestar. Eu e o Luiz, meu amigo, fazíamos faculdade de Direito e, apesar de eu não ser muito ligado a isso, ele era. No fim, agora pensando bem, o filme tinha várias coisas que o Luiz colocou que eram uma espécie de pequenos protestos que criticavam alguns valores e modos de vida de nossa sociedade. Acho que se eu visse o material hoje novamente iria encontrar outras mensagens subliminares que ele tentou passar. O Luiz era bastante ativista e me ensinou muita coisa...Toda semana ele ia preso (risos).

Rascunho – Mas e tu, eras ativista?

Sérgio - Eu tinha meus ideais, mas não os explicitava nos meus trabalhos, pelo menos não propositalmente. Uma vez eu fiz um documentário institucional para Universidade no qual misturei um roteiro de ficção junto. Era por volta de 1971/72 e, no roteiro, tinha um rapaz que aparecia às vezes nos pinheiros lá da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), às vezes dançando na boate do DCE. E ele tava sempre fumando e bebendo muito, o que acabava rompendo com algumas convenções.

RascunhoE pra que serviria esse documentário sobre a UFSM?

Sérgio – Infelizmente eu não lembro. Mas esse vídeo passou no cinema Glória durante alguns dias, depois das exibições de filmes. Eu morava naquele prédio ali em cima das salas de projeção e era amigo do gerente, o Seu Arlindo. Por isso, entrava todos os dias para ver a exibição do documentário e analisar a reação das pessoas. Aquilo era maravilhoso, eu me sentia um diretor famoso ali. Era engraçado, também, ver as diferentes reações que as pessoas tinham: uns riam, outros ficavam sérios e uns nem davam bola.

Rascunho – Nessa época tu já estavas trabalhando apenas com audiovisual?

Sérgio – É, praticamente. Mas depois de um tempo as finanças começaram a apertar e tive que achar algo mais para fazer. Acabei continuando com o vídeo, já que filmava casamentos e eventos.

Rascunho ­– E como era a aceitação da tua família com relação a essa tua paixão?

Sérgio – Era boa, sempre foi. Minha esposa sempre me apoiou e esteve ao meu lado, dando estímulo, acho que é por isso que estamos casados até hoje (risos). Como ela é artista plástica, entende as dificuldades de se lidar com arte no Brasil. Teve uma fase de nossas vidas inclusive, que morávamos no edifício Taperinha, e eu estava filmando um curta chamado "Uma gravata para Mário". Durante as gravações, que duraram quase um ano, nossa casa toda estava dentro do quarto, já que o resto dos cômodos estava servindo de locação. Além disso, meu primeiro filho era bem pequeno e deixava a situação ainda mais delicada. Mesmo assim, ficamos eu, minha esposa e ele empoleirados no quarto durante quase um ano. É bom lembrar que, além da minha família, sempre tive a sorte encontrar pessoas que acreditaram nas minhas histórias, no meu delírio, nas minhas fantasias e me acompanharam nesses projetos.

Rascunho – As locações desse curta foram apenas no teu apartamento?
Sérgio – Não, teve algumas cenas fora. Até foi bom tu perguntar porque eu lembrei de uma história bem legal sobre a captação de imagens para esse registro. Um dia fomos filmar algumas cenas ali na serra e acabamos levando as crianças junto, não só as nossas, mas do pessoal da equipe também. Bom, chegamos lá e montamos o set todo pra rodar uma cena de beijo bem ardente, então achamos melhor tirar as crianças de perto. Levamos todos eles pra longe e começamos a rodar. E não é que um deles se escondeu em cima de uma árvore e bem na hora da cena o piá cai lá de cima! Foi muito engraçado (risos).

Rascunho – Sérgio, teria como tu fazeres uma cronologia do teu trabalho?

Sérgio – Vou tentar. Eu comecei fazendo Super 8 no final dos anos 60. No começo dos 70 iniciei a trabalhar com a bitola 16mm. Nessa mesma época, acho que em 1971/72, um amigo da UFSM achou uma máquina 35mm perdida por lá e me convidou para fazer alguns serviços com ela. Já nos anos 80 eu entrei para TV e, basicamente, dirigi, produzi e apresentei programas. No começo dos 90 saí da televisão e comecei a trabalhar novamente com película.

Rascunho – Como foi teu trabalho na TV?

Sérgio – Foi maravilhoso! Eu produzia e apresentava vários programas na RBS, além de exercer a função de Diretor de Telejornalismo e Programação de 80 a 90. Alguns dos programas eram de telejornalismo e outros de cunho mais cultural, com apresentação de artistas e exibição de videoclipes de bandas locais que eram produzidos por mim. Esses clipes me proporcionaram um enorme aprendizado.

Rascunho – Esses vídeo clipes eram só de bandas santa-marienses?

Sérgio – Basicamente sim. Eu rodei clipes de bandas como Quintal de Clorofila e Fuga. Este último teve uma cena muito legal em que uma das personagens fugia correndo e um batalhão de choque da PM marchava atrás dela. Foi legal porque eu consegui essa equipe de policiais sem muitas dificuldades. Esses dias um amigo foi lá na Brigada falar sobre uma outra produção e um dos soldados veio falar com ele e disse "...nos anos 80 eu participei de um filme, correndo atrás de uma menina.", se referindo ao clipe da Fuga.

Mas também fiz clipes com artistas regionais como Borghetinho, Gaúcho da Fronteira e Adriana Calcanhoto. Os três foram rodados quando fui convidado para dirigir um programa chamado "Viagem a uma região encantada", que foi um espaço de duas horas sobre as regiões do Rio Grande do Sul exibido na Globo. Foram escolhidos quatro diretores e quatro roteiristas, eu fui um dos diretores e meu roteirista foi o Tabajara Ruas. Tive doze dias para fazer toda produção e rodar as filmagens. Eu ia parando em hotéis e ligando para o Tabajara para que ele me passasse o roteiro. Naquela época não tinha celular! (risos)

Rascunho – Hoje em dia, com o advento do vídeo, as coisas ficaram bem mais fáceis para quem trabalha com produção audiovisual. O que tu achas disso?

Sérgio – Eu pude acompanhar bem essa transição. Quando surgiram as primeiras câmeras de vídeo as pessoas começaram a abandonar a película, já que era muito mais prático de se trabalhar com o vídeo. Era o fascínio pela instantâneidade. Com o advento do vídeo se perdeu em estética e qualidade, mas se ganhou em mercado e agilidade. Eu não sou contra o vídeo, de forma alguma, só acho que não se pensa muito, tu olhas ali no vídeo e diz: 'isso aí, manda ver!', diferente da película que tinha que pensar, "visualizar" a cena antes de rodar para que tudo corresse como se queria.

Rascunho – Tu disseste uma vez no começo dos anos 90, num programa local de rádio, que havia parado de fazer cinema, que não estava mais a fim de fazer filmes longos. Porém, por volta de 1996/97 tu começaste a rodar o "Manhã Transfigurada", uma adaptação de época em longa metragem. Conte um pouco sobre isso:

Sérgio – É verdade! Eu havia pensado em parar, porque este tipo de produção é um processo longo e delicado. Contudo, o "Manhã" reascendeu em mim a chama do cinema, aquela da arte como desafio. Eu sabia que não ia ser fácil, embora no começo eu tenha sido bastante otimista com relação a prazos. Eu tinha bastante conhecimento da teoria, mas não da prática de se produzir um longa como este, e, apesar de ter errado na previsão não errei na idéia. Esse tipo de coisa é ótimo porque faz a gente acreditar no que está fazendo e faz com que muita gente também acredite e participe.

Rascunho – Como anda o "Manhã", hoje?

Sérgio - Bom, eu recebi um telefonema hoje dizendo que o filme já está no sexto corte, ou seja, na estética e no andamento do filme é bem provável que não se mexa mais. A trilha sonora já está pronta, ela foi feita pelo meu filho Gustavo e teve a participação de músicos da OSPA (Orquestra Sinfônica de Porto Alegre). Agora nós fechamos mais alguns patrocínios que farão com que o projeto ande ainda mais. Pretendemos terminá-lo o mais rápido possível.

Rascunho – Na tua opinião, qual a importância de um festival como o SMVC para Santa Maria?

Sérgio – Há muitos anos atrás quando eu ia aos festivais em Gramado ficava sonhando com um deles aqui em Santas Maria. Hoje isso é realidade. Eu acho que a cidade além de ser um pólo de produções audiovisuais no interior do Estado, tornou-se uma referência em festivais fora dos grandes centros urbanos brasileiros.

Rascunho – Sérgio, pra encerrar: o que caracteriza um bom diretor pra ti cite um filme que tenha te marcado:

Sérgio - Falando como expectador, um bom filme é aquele que me prende na cadeira, onde eu não vejo o tempo passar. Já pensando como Diretor, uma boa produção tem que ser "visualizada", pensada, para que o resultado final seja tão bom quanto esperado.

Quanto a um filme que tenha me marcado...deixa ver...são tantos! Mas tem um que toda vez que assisto me perturba, chama-se "A inocente face do Terror", de Robert Mulligam. Ele conta a história de dois meninos, na qual um morre e o outro assume a personalidade do que faleceu. Acho esse filme muito interessante.

Sérgio – Muito legal essa iniciativa de vocês, foi como se eu estivesse na frente de quatro analistas sem aquele compromisso de estar falando as coisas, nem parecia uma entrevista. Foi ótimo, uma espécie de catarse, onde lembrei de coisas que há tempos não relembrava.

Dom Ivo

Cineclube Lanterninha Aurélio
Projeto Cultural CESMA -Santa Maria/RS - desde 1978
Filiado ao CNC - Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros


EXIBIÇÃO DO DOCUMENTÁRIO sobre a Trajetória de DOM IVO LORSCHEITER –
Bispo Emérito de Santa Maria, morreu aos 79 anos no dia 05/03/2007
Documentário (1 hora)
editado pela Produtora Freedom e coordenado pelo PROJETO ESPERANÇA/COOESPERANÇA. -

Quarta-feira, 19 de dezembro, às 19h

Cineclube Lanterninha Aurélio - Projeto Cultural CESMA

Entrada franca

Auditório João Miguel de Souza

CENTRO CULTURAL CESMA

Rua Professor Braga, 55 – Centro

Santa Maria – RS – Brasil

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E-mail: cineclubelanterninhaaurelio@gmail.com
Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=197704
Telefone - 55 3221 9165 - 3222 8544

pão com ovo

Lançamento de trampo cineclubista da PÃO COM OVO

12.12.2007 - 19 horas

DVD consiste em uma série de 3 vídeos documentais sobre o movimento cineclubista no Brasil e no mundo. Os vídeos foram captados e realizados simultaneamente à 26ª Jornada Nacional de Cineclubes e ao 2º Encontro Ibero-americano de Cineclubes, ocorridos na cidade de Santa Maria-RS entre os dias 10 e 16 de julho de 2006.



O que é cineclube? (12 min): Por meio de depoimentos de diversos cineclubistas, o
documentário busca responder a pergunta em questão, conceituando a atividade e toda a sua gama de relações.

Toda a forma é cinema (14 min): Apresenta as propostas de alguns cineclubes espalhados pelo país, mostrando as mais variada formas de se fazer cineclube.

Movimento (13 min): Mostra os principais assuntos que pontuam as discussões em torno do movimento cineclubista no país e no mundo.

Os três vídeos tem direção e produção do coletivo Pão com Ovo (Amarello Rodrigues, Bruno Borges Kieling, Daniel Petry, Frederico Maximiano, João Gabriel Danezi Morisso, Luísa Copetti, Marcelo Engster) e conta com trilha de Gerson Rios Leme. Além disso, compõe a equipe de apoio Renato Ortiz, Diego Godoy, Bruno Cirolini, Ricardo Lampert, Lucas Piovesan e Vinicius Gottin.

Além dos três vídeos, o DVD disponibiliza um grande número de materiais extras sobre o movimento cineclubista, como:

- Carta de Santa Maria: Leitura da carta feita no 2° encontro ibero americano

- Cineclube e Política: Conjunto de depoimentos sobre a relação dos cineclubes com a política e sobre a política dentro do movimento cinelcubista.

- Velha Nova guarda: Conjunto de depoimentos sobre as relações entre a as diferentes gerações de cineclubistas dentro do movimento.

- Experiências Cineclubistas: Outros depoimentos coletados para o curta "toda a forma é cinema" que não foram para a versão final.

- Matéria sobre o movimento cinecublista e sobre a 26° jornada, escrita pela Jornalista santamariense Stefanie Silveira

Todo o conteúdo desse projeto está registrado com Creative Commons, dando liberdade total para divulgação em cineclubes.

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Quarta-feira, 12 de dezembro, às 19h

Cineclube Lanterninha Aurélio - Projeto Cultural CESMA

Entrada franca

Auditório João Miguel de Souza

CENTRO CULTURAL CESMA

Rua Professor Braga, 55 – Centro

Santa Maria – RS – Brasil

faltam 5 minutos



Lançamento do documentário “Faltam 05 Minutos”, sobre o retorno do Inter de Santa Maria à Primeira Divisão, será na quarta-feira, no Cineclube Lanterninha Aurélio - Centro Cultural CESMA

A volta do Inter de Santa Maria à Primeira Divisão do Campeonato Gaúcho a partir da emoção dos cinco narradores e dos cinco comentaristas das rádios AM de Santa Maria que transmitiram o histórico jogo de Inter-SM e Pelotas. Essa é a história de “Faltam 05 Minutos”, filme realizado pela Finish Produtora com direção de Luiz Alberto Cassol, que será lançado na próxima quarta-feira, 19h, abrindo a programação de dezembro do Cineclube Lanterninha Aurélio, no Centro Cultural CESMA, em Santa Maria, RS.

A produção tem como tema central mostrar aquilo que estamos acostumados a ouvir e não ver: as expressões das narrações e comentários esportivos. São instantes que demonstram toda a magia dessas transmissões. Para isso, revela os narradores e comentaristas das cinco emissoras AM, de Santa Maria, Santamariense, Universidade, Guarathan, Imembuí e Medianeira, que transmitiram a partida.

Antes da exibição de “Faltam 05 Minutos”

acontece a exibição do curta-metragem “Anônimos”

Uma pequena impressão sobre um período nefasto da história brasileira: a ditadura militar. Esse é o tema de “Anônimos”, curta-metragem que fala sobre injustiças, perdas e órfãos que o período provocou. A primeira versão do curta, de um minuto, foi classificada para o Festival do Minuto além de ter versões em inglês e espanhol no youtube. A nova versão de 03 minutos poderá ser conferida em uma sessão especial, nessa quarta, no Cineclube Lanterninha Aurélio.

* Fichas técnicas das duas produções, abaixo.


Quarta-feira, 05 de dezembro, às 19h

Cineclube Lanterninha Aurélio - Projeto Cultural CESMA

Entrada franca

Auditório João Miguel de Souza

CENTRO CULTURAL CESMA

Rua Professor Braga, 55 – Centro

Santa Maria – RS – Brasil

“FALTAM 05 MINUTOS” (Documentário, 20min, 2007)

Realização: Finish Produtora

Direção e Argumento: Luiz Alberto Cassol

Produção: Juliane Fossatti

Câmeras: André Campagnol, Felipe Iop Capeleto, Giovane Rocha, Luiz Alberto Cassol, Maurício Canterle e Tiago Jacques

Finalização: Maurício Canterle

Desenho de som e adaptação do Hino do Inter–SM: Gerson Rios Leme

Fotos still: Paulo Henrique Teixeira

Montagem: Luiz Alberto Cassol e Maurício Canterle

Transporte: João Rigão

Produção Executiva: Christian Ludtke e Luiz Alberto Cassol

“ANÔNIMOS” (Ficção, 03 min, 2007)

Realização: Finish Produtora

Direção e Roteiro: Luiz Alberto Cassol

Produção: Juliane Fossatti e Luisa Copetti

Direção de Fotografia: Giovane Rocha

Montagem e Finalização: Maurício Canterle

Desenho de Som e Trilha Sonora: Gerson Rios Leme

Direção de Arte e Figurino: Luisa Copetti

Assistentes de Produção: James Torres e Thiago Jaques

Fotos Still: Paulo Henrique Teixeira

Transporte: João Rigão

Produção Executiva: Christian Ludtke e Luiz Alberto Cassol

Elenco:

Mauricio Canterle (assassino)

Atílio Correa (pai)

Priscila Genara (mãe)

Maria Luiza Rafo Cassol (filha)